Meu nome é Kálita, sou psicóloga e atuo na terapia psicológica com brasileiros adultos que vivem no exterior. Também estou registrada no Conselho Regional de Psicologia, que é um dos órgãos que regulamenta a prática dos profissionais de saúde no estado de Goiás, e também tenho cadastro no E-psi.
Cresci no interior de Goiás, e desde a infância, sabia que era diferente, uma criança sensível. Às vezes, me lembro de momentos na adolescência em que chorava sem motivo aparente. Cresci sem entender completamente meu mundo emocional, e senti a falta de compreensão.
Enquanto estava no ensino médio, no meio da indecisão sobre o meu futuro, comecei a me interessar profundamente por livros de psicologia e autoajuda. A mente humana me fascinava, e foi aí que percebi que queria estudar psicologia. No entanto, não era apenas para me compreender, mas também para desvendar o comportamento humano. É engraçado como a vida nos leva por caminhos inesperados.
Quem sou eu
Em seguida, completei meus estudos em psicologia na Universidade Paulista em 2016, e também no mesmo ano meu MBA em Psicologia Organizacional.
Minha primeira experiência como psicóloga foi em um Centro de Referência de Assistência Social, foi emocionalmente desgastante. Nesse processo, acabei me negligenciando e afundando emocionalmente. E então no terceiro ano nesse trabalho tomei a decisão de sair do Brasil.
Viver fora do Brasil foi uma das experiências mais transformadoras da minha vida. Comecei a minha jornada com a psicoterapia, e então aprendi a me cuidar de verdade, cuidar das minhas emoções e da minha identidade, comecei o processo do amor próprio e descobri minha verdadeira essência, me permitindo iniciar a jornada de autoconhecimento, e que me permitia ser mais leve comigo mesmo.
Essa experiência de estar fora do Brasil abriu meus olhos para o mundo, e me fez perceber a importância de cuidar de nós mesmos, pois, muitas vezes, estamos basicamente sozinhos. Aqueles expatriados que tiveram experiências de muito sofrimento acreditam fielmente que os recém chegados também devem "sofrer como eles sofreram". No entanto, decidi que não queria que as pessoas que estivessem no exterior passassem pelo mesmo sofrimento em que passei.
Sempre que tive a oportunidade, ajudei as pessoas que cruzavam o meu caminho. Percebi que isso faz parte de quem sou eu. Ao longo de experiências dolorosas, descobri meu propósito de vida e me reconectei com minha verdadeira essência. Hoje, após os 30 anos, vejo que tudo em minha jornada teve um objetivo e uma conexão. Me tornei uma pessoa melhor, com um coração imenso, e com uma bagagem de conhecimento para ser compartilhado, além do conhecimento com a psicologia, claro.
Bem, foi na minha própria experiência de vida que senti a minha força maior em levar para as pessoas a chance delas serem felizes, onde quer que elas estejam, e claro, através da psicoterapia.
Acredito que às vezes precisamos de ajuda extra de uma pessoa qualificada. Assim como as dificuldades de saúde mental acontecem frequentemente no contexto dos relacionamentos, o mesmo acontece com a cura. Acredito também que enfrentar dificuldades de saúde mental não significa uma incapacidade de lidar com elas, mas sim que esta é a forma que o cérebro e o corpo têm de nos informar que é necessária uma mudança.
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